sábado, 26 de outubro de 2013

Culpa ou Responsabilidade

Vivemos momentos de grande expansão, de conhecimento, manifestação, aplicação e escolhas.
Seculo XXI e estamos diante da "liberdade".
E o que é exatamente isso?
Como lidar com toda a grandeza do Universo e toda a minha grandeza sem entender os limites do outro. As escolhas e liberdade do outro também.

Falar em culpa e responsabilidade assusta algumas tantas pessoas. Porque diante de toda a permissão tornou-se feio julgar um ato.
Julgar traz responsabilidade, isso significa que você está respondendo por algo, ou por alguém e decidindo o caminho do julgado.

Quanto maior o lago, maior as regras, ou você pode se afogar. Não se afobe, não afogue seu vizinho na tentativa de preservar sua vida, relaxe, boie na superfície da água até tomar folego e continuar a Jornada.

A culpa é um sentimento de punição que carregamos - para sempre, quando não entendemos - porque ela não liberta.

A responsabilidade te dá a posição de escolha e o reconhecimento dos seus limites, ela te ensina.
Quando sabemos da nossa humanidade e imperfeição fica fácil dar colo aos nossos erros..

O que está feito não pode ser mudado, desfeito. A culpa é uma vontade de mudar o passado. É uma espécie de desejo do impossível. Daí o sentimento de impotência ou uma vontade de fugir para o esquecimento, para a negação de si e da realidade.

Quando uma pessoa se responsabiliza por um erro cometido, ela se liberta do passado. Reconhece a si e aos outros e às situações como imperfeitos e assim percebe seu potencial para mudar o futuro.
Reconhecer o erro é saudavel e assumir a responsabilidade também. Quando fazemos isso podemos tirar algum aprendizado da situação, rever as escolhas e planejar outras maneiras de agir no futuro.
As palavras tem poder e precisamos nos atentar no que pensamos e dizemos. Isso reverbera e vai pulsando adiante trazendo fatos recorrentes e não conseguimos sair da roda que criamos com a nossa mente.

Auto conhecer-se é fazer esse tipo de atenção. Saber de si. E exercitar este saber com muita humildade.


LA POSADA: A hospedaria acolhedora à beira da estrada

Desde tempos imemoriais,
forças erguem-se das trevas
jorrando areia preta por toda a parte
tentando apagar A Luz do Mundo...
tentando destruir os filhos
e as filhas da Luz.

Ás vezes, implorar de porta em porta
é a única forma
de encontrar abrigo para o Sagrado.

Mesmo quando as portas se fecham com violência,
uma acabará por se abrir,
E a luz do fogo lá dentro
saltará pela escuridão,
para que a luz encontre a Luz,
como o aço afia o Aço.

Mas, mesmo que ninguém venha,
Mesmo que ninguém abra a porta,
quer dizer, nenhum ser humano...
fique firme, porque
anjos virão então...
e, com a chave do Amor,
todas as portas se abrirão
ou ficarão bem trancadas,
protegendo tudo o que está dentro...

Tudo isso por você,
não contra você,
por você, que persistiu,
você mesmo agora, e todos os dias,
nascendo como o "mi"
no início da palavra
milagre...

Assim, você mesmo,
a seu próprio modo humano e sensível,
é para sempre o filho milagroso de Maria.

O ritual de La Posada - LIBERTEM A MULHER FORTE- Clarissa Pinkola Estés


MILAGRIMAS -






quarta-feira, 2 de outubro de 2013

MANDALAS, POR QUE MANDALAS?

Circulos.
O que atrái o homem à esta geometria?
Células, átomos, glandulas, orgãos, quantos circulos temos no corpo humano?
O que em nós reverbera tanto na outra imagem - macro! Terra, planetas, Universo.
E assim vamos percebendo o Todo em nós e vice-versa.
Assim fazemos quando trabalhamos as mandalas
A mandala é utilizada desde os tempos primitivos pelos xamãs indígenas da América e dos aborigenes da Austrália. Ainda hoje eles as desenham em areia colorida, e depois as desmancham.
Os místicos ocidentais e orientais ao longo de toda a história da humanidade já usavam mandalas como um caminho para reencontrar seu próprio centro
A mandala é um circulo mágico que representa a Unidade Interior.
Jung começou a investigar as mandalas nas tradições budistas e descobriu que os conteúdos das mandalas tibetanas vinham das doutrinas dos dogmas lamaicos. Elas não tem significado particular porque são apenas representações exteriores. Para os lamas a verdadeira mandala é sempre uma imagem interior gradualmente construída pela imaginação ativa nos momentos em que o equilibrio psiquico está perturbado ou quando um pensamento não pode ser encontrado e deve ser procurado porque não está contido na doutrina sagrada. Por serem de grande importancia como instrumento de culto, as mandalas tibetanas geralmente contém no seu centro uma figura do mais alto valor religioso como por exemplo, Shiva ou Budha.
Jung pintou sua primeira mandala em 1916. Ele costumava desenhar mandalas todas as manhãs. Seus primeiros desenhos eram circulares e ele não compreendia seus significados, porém dois anos depois ele observou que existia um padrão em suas mandalas e caso estivesse em conflito desenhava uma mandala alterada.
Desenhar e pintar é uma maneira de limpar as imagens contidas no inconsciente para depois entender o caminho pessoal
Vamos aprendendo a dirigir o grande Elefante (inconsciente) dirigindo o veiculo, todos os dias, entendendo essas emoções e imagens guardadas no porão.
Tenho tido muitas experiencias boas nas Vivencias em grupo. O compartilhar é se ver no olhar do outro com muito respeito. Tão bom ter um momento para falar de si num outro âmbito.
A confiança obtida neste convívio é impar, pois
estamos todos frágeis, de barriga para o alto permitindo que as dúvidas venham livremente buscar a luz e o outro que também está nessa busca.
Já dizia Rei Arthur que na Tavola Redonda não havia lider, todos eram iguais e todos lutavam por todos. UM POR TODOS E TODOS POR UM!
Perceber-se nivelado dentro de um grupo traz essa harmonia onde a criação encontra campo para manifestação.

Circulos vazios.
Circulos de cristais
Circulos de avaliação
Circulos de Jardim

Assim, dentro dos elementos vamos encontrando a nossa linguagem, pode ser no giro sufi, na gerbera, na pizza...na mandala coach ( o mapeamento da vida), na mandala de cristais ( a magia do mineral como protetor e ancorador dos seus projetos), da mandala da criatividade ( o que minha parte imaginativa está trazendo?).

Exercícios de construção e desconstrução, mantras e simbolos, tanta coisa se pode fazer e trazer no convívio circular.

E foi neste prazer, nesta roda de descobertas que fui aprofundando nas leituras, pesquisas e muita prática. Pois sem fazer você é só palavra. É na atitude que se comprova a eficácia!

Bjs;

Patty