segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O potencial Criativo

Esta semana no grupo de estudos Mulheres que correm com os Lobos vamos trabalhar o conto "La LLorona".
Como os estudos são potencializados com as oficinas criativas e ele é um capitulo que mexe com esta questão resolvi escrever um pouco a respeito.
A criatividade hoje é vista como uma obrigação, uma busca inesgotável para aprender a criar e muitas vezes a pessoa é levada à exaustão acreditando que estava criando algo quando estava apenas copiando aquilo que já estava feito.
Criar é um ato de vida. E ela só se dá mediante a uma parceria. Quer seja com alguém real ou com o seu campo de inspiração, intuição, chame como preferir.

Segue o conto:
LA LLORONA

Um rico, hidalgo, fidalgo, corteja uma moça pobre, mas muito bonita, e conquista seu afeto. Ela lhe dá dois filhos, mas ele não se dispõe a casar com ela. Um dia, ele comunica que vai voltar para a Espanha, onde se casará com uma moça rica escolhida por sua familia e que vai levar seus filhos para lá.
A jovem mãe fica fora de si e age no estilo das celebres loucas enfurecidas de todos os tempos. Ela arranha o rosto do homem e arranha seu próprio rosto. Rasga as vestes dele e rasga as suas próprias vestes. Ela apanha os dois meninos pequenos, corre para o rio com eles e lá os joga na correnteza. As crianças morrem afogadas, e La llorona cai às margens do rio, cheia de dor e morre.
O hidalgo volta para a Espanha e se casa com a mulher rica. A alma de La Llorona sobe aos céus. Lá o porteiro-mor diz que ela  pode entrar nos céus, já que sofreu, mas que não pode entrar lá sem antes resgatar do rio as almas das duas crianças.
E é por isso que se diz hoje em dia que La Llorona vasculha as margens dos rios com seus longos cabelos, que mergulha seus dedos compridos na água para arrastá-los no fundo à procura dos filhos. É também por isso que as crianças vivas não devem se aproximar dos rios depois de anoitecer, porque La Llorona pode confundi-las com seus próprios filhos e leva-las embora para sempre.

Criar algo é gestar um filho. E para isso existe um tempo. Tempo de fazer, de cuidar, esperar crescer dentro da barriga, da encubadeira até o momento de ir para o mundo.
Estas fases precisam ser respeitadas ou você poderá perde-lo.
Existe um tempo para tudo.
Perder os filhos para ansiedade e o medo faz com que o rio da criatividade pare de fluir dentro da sua naturalidade.
As emoções começam a estagnar. E tudo o que resta são mágoas, pesar, lágrimas, água parada mal cheirosa e podre.
Quando nos tornamos amargas é porque deixamos de aprender. De olhar os processos e aceitar os novos desafios que a vida nos impõe.

"A vontade é o elemento fundamental a fim de trazer o sentido das coisas e do mundo. É essa união entre o corpo e o sentimento, segundo o filósofo, que proporciona a essencia metafisica elementar: a vontade da vida." Schopenhauer

Você faz algo para se atrelar às historias dos outros?
Depende da aprovação alheia?

Fazer coisas, e do seu jeito, pede CORAGEM. Agir com Coração.

"Quando estiver pronto, eles virão" - Campo dos Sonhos~filme

beijo beijo;

Patty










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