sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Aprender criando

"Você pode me dar um cérebro?" perguntou o Espantalho
"Você não precisa disso", declarou o mágico
"Você está aprendendo coisas novas todos os dias. Um bebe tem cérebro, mas não sabe muito. A experiência é a única coisa capaz de dar conhecimento e, quanto mais tempo passar na Terra, mais experiência terá."
O Mágico de Oz

De fato a vida é nossa escola. Mas somos levados a aprender também nas escolas convencionais, nos cursos, vivencias, wokshops. São salas onde aprendemos novos aspectos, formas e conteudos de outras pessoas que também viveram e aprenderam coisas.
E assim se faz uma rede, de quem ensina, de quem aprende e de quem ensina aprendendo e de quem aprende ensinando...
Aprender fazendo é uma grande aventura! Uma aventura responsável, não vale fazer bobagem, é preciso discernimento do que se faz, um pouco de bagagem cientifica, intelectual, filosófica para poder acessar outros conhecimentos com foco, proposito no que se busca e se estiver ensinando também a responsabilidade de acessar o outro com respeito e limite do que se sabe.
Aprender fazendo é abrir as portas da sensibilidade e ir tateando cuidadosamente, descobrindo - tirando o véu - e permitindo sentir.
O sentir é um grande guia. E quando damos a mão ao espirito que sente tudo fica gigante. A alegria da descoberta é imensa e a tristeza de não conseguir também.
E sentir é assim, é verdadeiro. Quando é mentiroso não tem sentido e morre rápido.
Fico danada com esse mundo de gente grande que não entende quando começamos a tropeçar de alegria, romper a etiqueta e querer gritar ao mundo que estamos bem.
Será que a felicidade é esquisita? Só podemos chegar aos 70% e ficarmos contentes?
É, eu quebro etiquetas, formulas e padrões. Sou esquisita mesmo.
Mas o assunto deste post é a alegria de viver os processos terrenos. Viver a Vida!
Comecei muito cedo virando moça e quebrando as regras no bairro onde vivo até hoje. Todo o meu caminho foi muito desenhado em torno da arte. Aulas de piano, coral, dança na adolescência, teatro, pintura, mandalas.terapia artistica, arte terapia, historia da arte...
Tantos caminhos para enriquecer o repertório, e isso é bom! Buscar outras opiniões, visões e entendimentos. O melhor do compartilhar e perceber o seu pedaço no outro e exercitar a Unidade o tempo todo. Somando, Subtraindo, Dividindo - nessa bonita matemática do mundo.
Mas existe algo que aprendi na vida e que considero muito importante. Nada é tão sério como você pensa. Os movimentos vida/morte/vida acontecem, pertencem ao ciclo terreno. Viver e morrer é simples. E a beleza está certamente em se divertir neste hiato, aproveitar os ensinamentos com o máximo de alegria e BRINCAR de viver. Sim com aquele olhar infantil, cheio de curiosidade, de surpresa, vivacidade.
Quando permitimos a brincadeira, a criança desperta e com ela vêm os nossos instintos, intuição, permissão, flexibilidade, naturalidade...tudo aquilo que corpo adulto enrijecido pela mágoa, tristeza, decepção não permite mais que aconteça.
Meu convite?
Aprender a ser criança de novo.
Trazer arte para o seu cotidiano.
Sorrir mais.
E deixar para lá o que não convém.

Seja feliz;

Patty