sexta-feira, 5 de abril de 2013

BÁLSAMOS MEDICINAIS

Um Grupo de Estudos ou um Circulo de Mulheres?
Um Grupo de Mulheres dispostas a se estudar em forma circular, sem hierarquia.

"É assim que a cultura se conduz quando ouve e aprende a partir da contribuição de todos."
 Jean Shinoda Bolen.

Sempre tive dificuldade de participar de algumas rodas, pela falta de oportunidade que as pessoas tem para se expressar...e sempre haverá alguém que precisa deste momento.
Coordenar uma roda é muito delicado mas devemos sempre ter o coração disponível para transpor alguma regra ou criar outra para manter a unidade e manter o foco no propósito.
Um Circulo de Estudos com o livro "Mulheres que Correm com os Lobos" é reduntante? Sim!
Mas qual o problema em ser mais uma?
Escolhi este livro pois é um ícone no movimento dos Circulos Femininos e poder ter a oportunidade de partilhar conhecimento, dúvida e aprendizado com diferentes mulheres é master.
Não faz muito tempo que assisti um video da Jean Shinoda Bolen, lançando um novo livro...ela é autora do "O Milionésimo Circulo", onde ela enfatizava a necessidade de se criar mais circulos de mulheres, na busca de modificar a massa critica.
Não vou entrar numa discussão feminista, acho que os Circulos não são para isso, mas sim para resgatar a nossa ancestralidade, o nosso re-conhecimento como seres criadoras, ancorando novamente à arvore Genealógica do conhecimento Matricial.
Reencontrar a nossa história faz movimentar a espiral universal, modificando conceitos, criando novos, trazendo o que uma vez era proibido e impossivel para o permitido e possivel.

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."
Eduardo Galeano

Apenas reconhecer os arquétipos não é efetivamente entende-los e cura-los (quando mal posicionados na sua biografia) por isso em alguns momentos vamos realizar oficinas para limpar e criar. Trazendo do inconsciente para o consciente e conhecendo melhor a sua comunicação interna.

Verbalizar a experiencia é de novo espiralar a descoberta e ampliar a sabedoria como uma pedra ao cair no lago...expandindo...expandindo...expandindo...

"Espero que vocês saiam e deixem que as historias lhes aconteçam, que vocês as elaborem, que as reguem com seu sangue, suas lágrimas, seu riso até que elas floresçam; até que você mesma esteja em flor. Então, você será capaz de ver os bálsamos que elas criam, bem como onde e quando aplicá-los. É essa a missão. A unica missão."
Clarissa Pinkola Estés



O grupo é um circulo montado com foco no livro "Mulheres que correm com os Lobos" da Clarissa Pinkola Èstes.
A cada encontro vamos ler uma lenda e compartilhar como nos sentimos em relação à história trazendo elementos da nossa biografia. Vamos pesquisar juntas como esses elementos nos tocam.
Mais do que o ensinamento que a autora nos traz como especialista, psicologa, escritora do livro, vamos enriquecer o estudo com oficinas de desenvolvimento, outras leituras de acompanhamento e o que vocês trouxerem no circulo durante a dinamica.
A contribuição do Grupo de Estudos será voluntária para bancar o aluguel do espaço.
Eventualmente poderá haver uma oficina extra curricular com um preço definido e com a liberdade de participar quem quiser.



GRUPO DE ESTUDOS:MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS

coordenação: Patricia C. Vignoli

Inicio: 24/04/2013 das 15:30 às 17h
todas as quartas feiras

contribuição sugerida: R$ 15,00 por encontro




RENNOVAR CORPO E CONSCIENCIA
R.Heitor Penteado, 1470 - V.Madalena - próximo ao metro

Mais informações: 9 9875-8991
vignoli.patricia@gmail.com





 

terça-feira, 26 de março de 2013

Minha amiga Morte!


Kali, deusa da Morte e da Sexualidade. A "negra", esposa de Shiva.Apesar da aparência de malvada, Kali é muito mal compreendida pelas pessoas. Ela mostra o lado escuro da mulher ou do trangenero e a verdadeira força feminina. Kali é venerada na Índia como uma mãe pelos seus devotos e devotas que esperam dela uma morte sem dor ou aflitos.

A Morte é o Arcano XIII no tarot, transformação.

É um número considerado indicativo de má fortuna e desgraças.
Existem prédios na America do Norte que não têm o 13ºandar.

Por estas bandas virou Borboleta, simbolo da transformação. A morte é transformação!
Mas quando ela entra pela porta da nossa casa toma uma outra dimensão.
Eu sou filha de pais velhos, tenho um pai com o dobro da minha idade...94 anos. Ele é um highlander, se acha e se sente imortal (apesar dos ossos que doem). Já vivi todos os tipos de paralisação perante a sua fragilidade. Diminui ritmo social, depois de trabalho, depois de vida própria e depois?
Por que a morte veio visitar o outro, no caso meu pai? Afinal quem está vendo a face da morte sou eu! Então comecei a me perguntar, o que esta senhora quer?
Eu posso morrer agora?
Fiz tudo direito?
Correspondi às minhas expectativas ou a dos outros?
O que eu tenho para contar quando chegar na outra?
Tem mais coisa para fazer? Para criar? Para Apreciar?
Estou viva mesmo ou apenas com medo de ir para o desconhecido?
Comecei a me lembrar de quanto prazer eu tenho de viver neste planeta. O por de sol, o mar...
as empadinhas, o pão de queijo, a Sangria...dançar, fazer amor...tão bonito por aqui...vale aproveitar mais...quero mais e quero inteira... a vida inteira.
Não quero medo tirando meu prazer. Não quero medo de viver nem de morrer.
Mas temo ser pega pelas ciladas da vida, pelas seduções baratas, pela minha carencia afetiva, pelos relacionamentos banais, pela fila do banco...e entrar num ritmo em que eu perca a conexão com a minha alma.

 A morte é minha amiga, ela está ao meu lado e me pergunta - você quer fazer? Faça agora, pois amanhã eu posso te pegar.

E nesta atenção e intenção vou sim transmutando os padrões de "boa moça" para fazer um bom caminho. E me perguntando sempre se está certo, se estou bem, se faz sentido. E pedindo também ao meu Mestre Interior que me guie, me oriente e não me abandone.

"dormire è um può morrire"


Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.
Arthur Schopenhauer


Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"
 Mario Quintana