quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ócio, para que?



O que venho propor aqui é uma reflexão sobre o que estamos fazendo com a nossa mente, e a nossa vida.

Por que precisamos nos sobrecarregar de conhecimento, trabalho, obrigações...tem quês?

Vejam;
O nosso plano mental é subdividido assim:

Consciente

É os estado do aqui e agora, nós temos conhecimento dos acontecimentos instantâneos e periféricos. Podemos com este conhecimento resolver muitos problemas.

Subconsciente

É o estado passado, mas que podemos ter acesso, lembrar, recordar com relativa facilidade, é o intermediario entre o consciente e o inconsciente.

Inconsciente:

É onde estão localizados todos os conhecimentos adquiridos nesta vida e que nós não lembramos mais. Imagens que não foram registradas conscientemente, sons, palavras, acontecimentos que não demos importancia e que ficaram todos guardados.

Se sobrecarregarmos o consciente de atividades não descansaremos a mente e nem daremos vazão para as mensagens do inconsciente, comprometendo assim o funcionamento do subconsciente que não terá o que fazer.
Assim encontramos uma mente sob pressão, estressada, que começa a esquecer as coisas, a não encontrar soluções para questões corriqueiras da vida e quem dirá das mais complexas.

O consciente precisa descansar, e como fazemos isso?

Ócio significa lazer, repouso, descanso, não fazer nada, preguiça.

Segundo Domenico de Masi, autor dos livros Ócio Criativo e Economia do Ócio: “É necessário aprender que o trabalho não é tudo na vida e que existem outros grandes valores: o estudo para produzir saber; a diversão para produzir alegria; o sexo para produzir prazer; a família para produzir solidariedade, etc.”

Quando estamos automatizados encontramos dificuldade em inserir o ócio na vida, é como se fosse algo proibido.
Para "enganar" esta programação eu desenvolvo atividades criativas em grupo, linkando sempre com arquétipos (o primeiro modelo ou imagem de alguma coisa, antigas impressões sobre algo) onde vamos aprendendo através dos conceitos que trazemos no inconsciente, limpando, tendo insights e promovendo um funcionamento integrado de todos os conhecimentos como numa dança, onde se aprendem os primeiros passos para depois seguir o som da orquestra, ao som da alma.

Eu uso as mandalas, circulos vazios (para um livre criar) e gráficos para brincar com as cores. Elas trazem o centramento e o foco necessário para "desligarmos" do padrão convencional e criarmos com cores, formas e diferentes materiais trazendo harmonia e beleza no cotidiano.
Uma vez prontas podemos "ler" e entender sinais que são trazidos do inconsciente para um novo olhar na vida. Compreendemos melhor onde estão as dificuldades de uma forma amorosa, adequando e curando o que ainda não havia sido entendido. O lúdico nos permite rir da nossa dificuldade abraçando assim a criança interior e compreendendo que não é necessário levar tudo a sério o tempo todo.

Resgatar o prazer na vida é essencial para podermos entender melhor nossa jornada. A vida é para ser bonita, este é o grande desafio. Mesmo diante das dificuldades entendemos que vai passar, é um aprendizado e quanto mais leve eu pisar, mais suave vou atravessar! Entrega e desapego. Criar é entregar-se ao fazer e desapegar-se ao terminar. Livre e Leve!

Você consegue? Você merece.

bjs;

Patty

PS: Se você quiser experimentar um pouco de ócio, aumente o som e relaxe um pouco. Aproveite!







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