quinta-feira, 19 de julho de 2012

ALEXANDRIA (ÁGORA)

Alexandria foi uma das cidades mais importantes do mundo. Foi fundada em torno de um pequeno
vilarejo em 331 a.C por Alexandre, o Grande. Permaneceu como capital do Egito durante mil anos, até a conquista muçulmana do Egito. (quem me conhece e acompanha meus escritos conhece meu facínio por Alexandre, o Grande, depois coloco um dos meus textos postados no STUM aqui).

O Farol de Alexandria era uma das sete maravilhas do mundo antigo, e lá estava a BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA (a maior do mundo antigo).
Quero contar aqui sobre um filme que tenho assistido muito e sempre tem alguém me indicando e eu pegando o meu dvd e revendo-o. Filmes são assim, a cada vez e a cada indicação ganhamos um novo prisma e às vezes um novo encantamento.

ALEXANDRIA ou AGORA foi um filme realizado pela TV Espanhola e depois foi traduzido em inglês para ganhar mundo, até porque a heroína é inglesa...Raquel Weisz. Gosto viu? Nunca passou no cinema, pelo menos que eu saiba, tem em locadoras e piratinhas rodando por aí.
A história se inicia em torno do sec. IV d.C. Alexandria como uma das maiores cidades concentra uma grande diversidade de culturas e religiões. Lá existe a famosa Biblioteca de Alexandria onde existe muito conhecimento e onde são ministradas aulas de Astronomia e Filosofia pela mestra Hipátia. A Biblioteca além de ser um símbolo cultural era um centro religioso, um lugar onde os pagãos veneravam seus deuses ancestrais e que coexistiam no mesmo espaço com a fé judaíca e com o cristianismo que vinha dando seus passos largos entre os escravos.

Encontramos aqui três formas de pensar importantes:

A filosofia com os seus questionamentos
O Judaísmo que se define como religião, filosofia e modo de vida
A fé cristã

Com o cristianismo ganhando espaço e força entre os escravos, os políticos de Alexandria, para não perder seus postos começaram a se batizar e se converter ao cristianismo. E assim começam os conflitos pessoais em cada personagem.

Seus desequilibrios, suas vulnerabilidades e a necessecidade de fazer escolhas nos colocam sempre a mercê do mais violento, do mais forte.

Encontramos os alunos de Hipátia amando a mestra, desejando-a, venerando-a, enquanto a heroína vê as estrelas, o céu e o mistério. Ela precisa da liberdade para questionar, estudar, pensar e não se sente apta para um relacionamento amoroso. E não o quer!
A Biblioteca era aberta para todos.
E exatamente se iniciaram os confrontos entre os cristãos e os alexandrinos pois era o centro e ponto mais vulneravel do local....


1200 anos depois o astronomo Johanes Keppler encontrou alguns escritos, inclusive os de Hipátia comprovando suas pesquisas a respeito da "Elipse" - que rege o movimento planetário.
E a partir de então aprofundou-se mais as pesquisas entorno da existência da Biblioteca e de quantos conhecimentos se perderam durante esta guerra.

O filme traz muitas questões à respeito das crenças e da tolerância entre nós. Há realmente a necessidade de cindir os conhecimentos?
Acreditar no mistério me faz querer entende-lo melhor e isso não deveria ser desrespeito, não é?

Fica a dica do filme.

E se alguém quiser dividir a percepção ficarei feliz!









A vida é querer saber.

3 comentários:

  1. Pati, a Cassia vive falando desse filme e eu já vinha com mta vontade de vê-lo. Agora com seu post a vontade aumentou. Vou atrás e depois digo o que achei. Bjs e valeu a dica
    Cris

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  2. Patty,
    eu tb não assisti. Conheço a história geral mas não assisti a esse filme.

    A fotografia eu imagin que seja explendorosa, mas no enredo o que mais te agradou ?

    Bj,
    Nelson

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    1. Nel, o conflito das idéias entre o mistério e a aceitação do mistério. Quando a semente do saber é plantada em nós, não importa para onde vamos, ela sempre crescerá e se manifestará. Ver isto acontecer em cada personagem para mim é um novo enredo e todos eles vão se entrelaçando e formando assim a grande magia em torno de Alexandria!

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